Aguardando. Sofrendo. Esperando. Esperando um sinal. Esperando uma vinda. Esperando uma espera sofrida... Aguardando. Sofrendo e esperando. Aguardando com peso nos ombros. Indicando... Salientando lágrimas de pus. Águas de tristezas derramam do sangue. Dúvidas em certezas nos fazem pensar. Pensa que se é certo é duvidoso. Se for duvidoso, é certo que é errado. Trocando o errado pelo certo. Matando o certo pelo errado...
Nada tão bom quanto estar ao meu lado
Nada tão mal quanto pulsos atados Língua fechada e boca comprida Gente molhada e palmas feridas Nada tão vil quanto ser quem se é Nada tão justo quanto perder a fé Olhos cerrados e punhos focados Foco nos olhos e peito arranhado O exemplo do melhor que não se tem
Se detém dentro do meu coração O pior exemplo vem da mão Esquerda fora por um grão Migalha maldita de pão Saltitante, pula fora o coração Desgraça em dobro Só não vem maior ainda Só não destrói a triste vida Pois que Deus tem dó Esperar mais do mesmo
Esquecer mais de mim Preparar tudo a esmo Tudo isso tem fim Do fulgor concomitante Divergente e palpitante Vem à morte o serafim Se já anjos eu não vejo Nem demônios ou desejos O que resta? Objeto de discórdia
Orgulhoso da escória Amor sem fim Epicentro da vergonha Sendo alvo de peçonha Espero que morra logo Vagabundos sem limites Embebido em faces tristes Sua dúvida corrói Sua ausência me machuca Seu disfarce não me ajuda A alcançar seu coração Ah! Não é dor o que acontece É quando toda a esperança padece Que não somente eu sofrerei O recado é simples Eu te odeio e repudio Saia logo Atravesse os portais que lhe cabem Espero que sofra no caminho Não que morra A morte é o fim E o sofrimento não tem limites Nota aguda de desespero
Face oculta por trás do espelho Morte assusta quem não tem medo Olho e vejo tudo é um erro Deus do céu que a terra abala Guarda um lugar para a minha alma Nota grave do meu coração Solta a clave e cai chão Planta caos na imensidão Leva a ordem para meu irmão Santa culpa que carrega a fé Descarrega a lua em tons de amor Larga a culpa que não te dá pé Traz a foice que evita a dor Orgulho, ogro, olho Maldição é mau na mão Sinto arder
E existe uma parte de mim A qual sinto morrer A qual sinto sem ver Existe uma parte em mim Que em mim não habita Meus passos limita Meu coração faz andar Sinto arder E dentro de mim, outra vez Eu sinto viver, sem o sangue conter A ferida da minh'alma Parece que distante demais Longe do meu caminho Floreios borram olhares
Enquanto todos dormem A esperança invade os lares Meu cinza em oito cores Os meus brincos e amores Só me fazem duvidar Da guerra surgem pazes Das dores surgem males Das cores vivem aves Do voo existe encanto Da queda expressa o canto No banco, amém, conversas Canetas vão depressa Toda essa expressão buscar
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