Duas vezes embriagado; Embriagado pelo vinho; O mesmo vinho; A mesma taça. Um sonho impossível; Um toque inexistente; Um coração ardente; Uma dor latente. Fraco o bastante para não desatar os laços restantes e sonhar. Acontece que o sonho veio e me acusou de não saber amar, pois eu não sabia. O sábio se embriagaria e se deixaria levar. O ignorante se segurou, mesmo sem os pés no chão, pois não sabia levar seu coração além dos seus sonhos. O ignorante não sabia amar. Duas vezes embriagado; Embriagado pelo mesmo hálito; O mesmo sonho; A mesma dor. Uma dor possível; Uma busca covarde; Um coração rasgado; Um coração arrancado. O problema todo é que só havia uma taça... |
0 Comments
Logo no começo ele dizia que a sinceridade é uma dádiva das cobras. Quando cansado tomava assento ao meu lado esquerdo. Quando tomava assento ao meu lado direto, morria.
Sim, foi ele. Sempre dizendo que a omissão se fazia por necessidade. Pobre desgraçado. Se eu dissesse que não, estaria mentindo, pois não diz respeito a meu íntimo, e, ainda que eu não possa me expressar em afirmativa por outrem, vejo que outra saída não há. Concluirei. Digo que não é da minha conta. E se você quer saber, tome a direita, terceiro cruzamento. Sobre elas? Sim, claro. Foram elas que o mataram. Calcanhar. Sim, ele continuou acreditando. O que você esperaria de um louco agonizante? Um determinado velho não sofria aos impulsos da fome, tinha sede. A dor no corpo o acompanhava, tal como as pontadas no coração, sempre sorrateiras.
Já louco e sem apelo, com náusea forte, mas sem dor no cotovelo, o velho deitou-se e levantou... Levantou um braço ao céu e apontou o próprio peito. No dia em que eu me fizer ir, vocês se lembrarão sem nenhum peso, pois o que pesa é a minha dor. A verdade é que o velho já estava indo, mas ninguém o percebia. Já havia quase uma vida que o mal velho não sorria... Não sei onde acordei... Ele estava sonhando... ...mas não quero dormir novamente. Mas ele despertou. Ainda que fosse tarde, pois nem a lua mais brilhava, o velho chorou, mesmo passando quase uma vida chorando. Vem me levar, pois não passo fome alimentado de tristeza. Poucos sabem o que é ter alguma riqueza, a qual foi levada pela pobreza, pois o rico não sabia amar. Sucedeu-se que o velho adormeceu depois de três dias. Viajou. Ninguém sabe onde ele está, pois viajara adormecido e ninguém teve a coragem de despertar a velha consciência. Ninguém, também sacudiu o velho, pois não havia esperança de o mesmo melhorar.
Desgarrei o coração de uma nota, demandando-o de todo à mais bela sinfonia, cantada, também, por um anjo de pés calejados. Desgarrei o coração do repouso, pois, ao contrário do que confiam, pode ele habitar remoto ao seu lar.
Cada estrela é botão no jardim do olhar Cada sorriso é gracejo de uma flor-de-amar Tenho seguido, todavia dedico algo bom a ti Tenho chegado, sobre o tom amargo que encontrei em mim. Ah! Leve à copa, sente-se por lá mesmo. Me espere. Deixe tudo juntinho... Agora me lembro, brevemente estarei contigo, para que antes que a lua se encha a música termine. Preconizo um final torrencial: Melancolia e depressão, pena amarga e exaustão, calor de sobra e solidão.
So through the pain will be the end that brings the light
And all the shades of pain can show that we must die Throw it all away and stop to take one more breath Hold on for your life cause nothing here is really sad Search in your soul the strength and give it to your heart Make it a new way and use the hope as your new sorrel We will find the light again We can watch the life begin We can have some blocks in all the way We will pass and fly away Ao que parece, ardi minha essência quando estive em teus olhos. Foi quando explorei um novo caminho; Rumo que, ainda, parece me levar ao lugar bom, o qual sempre busquei.
Minha esperança é que guia: "Não devo perturbar-te!" É que a luz da lua já não brilha de forma costumeira, não quando brilha sobre ti, buscando difusão na suavidade do tom de castanheira. A busca incomensurável dos pesadelos deletérios, agregada ao sabor de melancolia, não deixa questionamentos imorredouros, pois que, a cada momento, não têm mais importância. Rio da noite que flui sem parar, esperava teu repouso sob minha face. Tudo o que almejei no ardor indescritível, o qual incrusta minh'alma, se fez realidade num sonho distante, onde tu, a resiliência inalcançável do meu ser, busca repouso e amor. Minha esperança diz que aqui te encontras. E, sim, logo ao lado se encontraria a felicidade. Ah! Ela estaria bem pertinho da castanheira, sob a qual se encontra fresca sombra. Agora resta um,
um de todos. Restaram dois, um de todos, um do outro. Todos morreram, então dois faleceram. E ainda resta um, um de todos. Um que resta, um que não se espera que se vá. E ainda restam todos, mas um se vai. |